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Secretário Octaciano Neto recebe homenagem de entidades

O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, recebeu na noite desta segunda-feira, 2, uma homenagem de treze entidades pelos trabalhos realizados à frente da Secretaria nos últimos três anos e três meses na função. O evento foi realizado no Saloon, localizado no Parque de Exposições Floriano Varejão (Pavilhão de Carapina), na Serra, e reuniu mais de 800 pessoas.
A homenagem foi oferecida pela Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador do Espírito Santo (ACCMM-ES), Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos do Espírito Santo (ACCOES), Associação Regional do Quarto de Milha (ARQM), Associação dos Criadores e Produtores de Leite do Espírito Santo, Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), Centro do Comércio de Café de Vitória, Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes), Frisa, Heringer, Associação Capixaba dos Criadores de Nelore, Sindicafé, Sindifrios, OCB-ES e o Saloon.
O evento contou com a presença de diversas autoridades: o vice-governador César Colnago, o senador Ricardo Ferraço, 25 prefeitos, sete deputados estaduais, secretários estaduais, além de lideranças de 71 municípios capixabas. Octaciano recebeu placa em homenagem aos trabalhos realizados à frente da Secretaria, uma homenagem do Sindicato dos Produtores de Pedro Canário e um voto de louvor da Câmara Municipal de Pedro Canário — município de origem do secretário Octaciano Neto.
Emocionado, Octaciano agradeceu e destacou que devido a legislação eleitoral está deixando a Secretaria da Agricultura na próxima sexta-feira, 6. “Só tenho a agradecer a homenagem e a presença de cada um dos amigos presente. Sou produtor rural, de uma propriedade que meu avô adquiriu em 1958. Sou muito grato ao governador Paulo Hartung por essa oportunidade e agradeço por estar à frente da Secretaria de Agricultura, durante esses mais de três anos, representando os mais de 120 mil produtores rurais do nosso Estado. Esse Governo que implantou políticas inovadoras, como o Programa Estadual de Construção de Barragens e o Escola Viva, por exemplo. Enquanto a maior parte do Brasil não consegue pagar o 13º salário aos servidores, o Governo do Espírito Santo está com as contas em dia e com programas de políticas inovadoras. A partir da próxima semana vou me dedicar ao Renova BR, um programa nacional de formação de novas lideranças e que defende novas práticas na política para fazer a diferença no Brasil. Temos que combater cada dia mais a corrupção e estar mais próximo da boa gestão. O que melhora a vida das pessoas é uma boa gestão e o fim do populismo que a gente vê no País”, ressaltou Octaciano em seu discurso.
O vice-governador César Colnago destacou os trabalhos de Octaciano à frente da agricultura do Estado. “Octaciano teve diversas ações e projetos que merecem destaque, como o desenvolvimento de pesquisas agropecuárias; o forte desenvolvimento agrícola, seja em estrada ou na telefonia, com os Programas Caminhos do Campo e Campo Digital. E além de combater fortemente a crise hídrica. Conseguiu e soube junto com a sua equipe plantar e produzir. Todas as lideranças e representantes políticos presentes nessa homenagem são frutos do que você plantou, com muito carinho, respeito, sabedoria e solidariedade.

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Léo de Castro, destacou as ações empreendedoras desenvolvidas pelo secretário. “Quem apoia o setor produtivo, apoia toda a população capixaba. Octaciano tem esse perfil de apoiar as ações empreendedoras. Parabéns por essa jornada e que continue lutando em outras frentes da esfera pública”.
O presidente da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore, Nabih Amin El Aouar, parabenizou pela atuação de Octaciano na Secretaria da Agricultura. “Octaciano tem uma boa articulação em promover o bem do setor, pela sua determinação, empenho, e seu comprometimento com o Estado do Espírito Santo. Durante a nossa posse em São Paulo pela Nelore do Brasil, após o discurso do secretário Octaciano, toda a diretoria ficou surpresa e encantada com a fala e com a preparação dele. Ele teve diversas conquistas ao longo desses três anos, uma delas foi ser presidente do Conseagri (Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Agricultura”, destacou.
O presidente da Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha, ressaltou as iniciativas voltadas para os produtores rurais capixabas. “Agradeço, em nome dos produtores rurais, pelas ações desenvolvidas pelo secretário Octaciano em favor da nossa agricultura”.
Representando todos os prefeitos e prefeitas presentes, a prefeita de Montanha, Iracy Baltar, ressaltou a parceria com os municípios. “Tenho certeza que seja qual caminho que o Octaciano escolher, nós todos estamos com você. Essa não é uma despedida, e sim uma homenagem pelo excelente trabalho que fez à frente da Secretaria”.
Representando os deputados estaduais, Janete de Sá, que preside a Comissão da Agricultura, parabenizou a dedicação de Octaciano. “Procurou fazer com que a agricultura e a agropecuária crescessem em todo o Espírito Santo. Com sua dedicação na Secretaria, soube fazer um excelente trabalho e deixa um legado para toda a população capixaba, principalmente, para o homem do campo”, disse a deputada.

Redação

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Infraestrutura portuária emperra exportações do café brasileiro

Mesmo fora do pico da safra, o Brasil deixou de embarcar mais de 737 mil sacas de café em abril deste ano por conta de entraves logísticos, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O prejuízo direto com armazenagem adicional chegou a R$ 6,6 milhões — mas o impacto é muito maior. A impossibilidade de escoamento representou perda de US$ 328,6 milhões (ou R$ 1,9 bilhão) em receita cambial que o país deixou de arrecadar no mês.
A situação escancara um problema crônico: a infraestrutura portuária nacional, especialmente nos principais corredores de exportação, não acompanha o ritmo da produção agrícola. Desde junho de 2024, os exportadores associados ao Cecafé já acumulam R$ 73,2 milhões em custos logísticos extras — reflexo de terminais saturados, gargalos operacionais e morosidade nos investimentos públicos.
Segundo a entidade, mesmo com menor volume de cargas nos terminais, típico da entressafra para produtos como o café, os problemas persistem. Isso aponta não para excesso de demanda, mas para deficiência estrutural. E quem sente o baque não são apenas os exportadores: o produtor rural também paga a conta.
O Brasil é um dos países que mais repassa ao cafeicultor o valor obtido com as exportações. Em média, neste ano, 88,3% do preço FOB é transferido aos produtores de café arábica e 96,5% aos de canéfora. Quando o café não sai do porto, a renda também não chega ao campo.
Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, afirma que o problema é sistêmico e que os anúncios de investimentos — como o leilão do Tecon Santos 10, a concessão do canal marítimo, o túnel Santos-Guarujá e a nova descida da Anchieta — são bem-vindos, mas lentos. “Essas melhorias devem levar cerca de cinco anos para sair do papel. A ideia de restringir a participação no leilão do Tecon Santos 10, por exemplo, pode judicializar o processo e agravar os atrasos”, alerta.
O café é apenas um símbolo de um problema mais amplo. A cadeia agroexportadora, que inclui desde grãos e carnes até fibras e frutas, depende de um sistema logístico eficiente para se manter competitiva no mercado internacional. Enquanto as soluções não chegam, o agronegócio brasileiro, que responde por boa parte do superávit comercial do país, segue enfrentando uma realidade em que o campo colhe, mas o porto não entrega.
Fonte: Pensar Agro
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