Aos 37 anos, Gerliane Faria Gomes Keffler, de São Gabriel da Palha, tem se destacado por sua atuação voltada à educação inclusiva e o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens com dificuldades de aprendizagem. Formada em Pedagogia, com pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Neuropsicopedagogia Clínica, ela acumula especializações em áreas como Alfabetização e Letramento, Recreação e Dinâmicas, Educação Especial e Inclusiva – DI, além de Psicomotricidade.

Sua trajetória profissional teve início em 2016, ainda durante a graduação. “Trabalhei como auxiliar de sala, professora de educação infantil, professora de anos iniciais e anos mais tarde em um instituto fonoaudiólogo e educacional. Com o tempo, percebi meu interesse por transtornos e dificuldades de aprendizagem, o que me levou a buscar especializações na área. Também fui professora convidada a participar da banca de trabalho de conclusão de curso da turma de pedagogia 2020/2 faculdade FASG em São Gabriel da Palha”.

Desde então, Gerliane mergulhou em formações específicas, participando de cursos e workshops sobre temas como autismo, bases neurológicas da aprendizagem, alterações visuais e síndrome de Irlen, dislexia, disgrafia, discalculia, disortografia, DPAC, TDAH. “Esses estudos me permitiram aprofundar meus conhecimentos e ajudar crianças, adolescentes e jovens a superarem suas dificuldades de aprendizagem”.

Gerliane Faria Gomes Keffler. Foto: Arquivo Pessoal

Identificar é o primeiro passo

Segundo Gerliane, pais e educadores devem ficar atentos a sinais como dificuldades em manter a atenção, problemas para seguir instruções, baixa autoestima em atividades escolares, dificuldades em ler ou escrever, e resistência a tarefas relacionadas ao aprendizado.

Avaliação e diagnóstico: um olhar cuidadoso e humanizado

Quando o assunto é diagnóstico e avaliação, especialmente no que diz respeito ao atraso na alfabetização, Gerliane adota uma abordagem criteriosa. “Abordo a avaliação de forma cuidadosa, utilizando ferramentas como testes padronizados quantitativos, qualitativos e observações. É essencial entender o contexto da criança e suas experiências para avaliar corretamente o atraso na alfabetização. O diálogo com professores e familiares também é fundamental”.

Segundo a profissional, a estimulação cognitiva é uma aliada importante para o desenvolvimento de crianças com dificuldades de aprendizagem. “Ela ajuda no desenvolvimento de habilidades como memória, atenção e raciocínio lógico. Atividades lúdicas e interativas podem ser muito eficazes nesse processo”, explica.

Conscientização e inclusão: um trabalho coletivo

Abril Azul é o mês dedicado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A campanha, estabelecida pela ONU, visa promover a inclusão social de pessoas autistas e combater o preconceito e a discriminação. Gerliane reforça a importância de promover ambientes mais acolhedores. “Durante a campanha Abril Azul, é importante que famílias e educadores promovam um ambiente acolhedor e inclusivo para crianças autistas. Isso inclui entender suas necessidades específicas, adaptar métodos de ensino e promover a empatia entre os colegas”, aconselha.

Acompanhamento eficaz e o papel da colaboração

Gerliane defende que o acompanhamento neuropsicopedagógico eficaz precisa ir além do atendimento individual. “Deve incluir avaliação constante do progresso da criança, estratégias personalizadas de ensino e uma comunicação aberta entre profissionais, pais e educadores. A colaboração é essencial”.

O aumento da conscientização sobre transtornos de aprendizagem e autismo pode transformar o ambiente em que vivemos, “A conscientização pode transformar a sociedade ao promover um entendimento mais profundo sobre as necessidades das crianças com dificuldades de aprendizagem e autismo. Isso resulta em práticas educacionais mais inclusivas que beneficiam todos os alunos”, afirma Gerliane.

Além de trabalhar com crianças, Gerliane também orienta pais e professores. “Para criar um ambiente mais inclusivo, sugiro que pais incentivem a comunicação aberta com os professores sobre as necessidades de seus filhos. Professores devem ser treinados para identificar sinais de dificuldades e adaptar suas abordagens pedagógicas”.

Por fim, ela compartilha sua visão sobre o futuro da neuropsicopedagogia na região. “Espero que haja um aumento significativo na conscientização sobre os transtornos de aprendizagem em São Gabriel da Palha e região nos próximos anos. Com isso, mais profissionais estarão capacitados para lidar com essas questões, promovendo um ambiente escolar mais inclusivo”.

Foto: Arquivo Pessoal

Gerliane atende em São Gabriel da Palha, para agendamentos ou mais informações, o contato é pelo telefone: (27) 99575-0201, e-mail: [email protected] ou através do instagram: @gerliane_neuropsicopedagoga

Fonte: Editora Hoje