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Simpósio de café na Capital traz pesquisa, inovação e sustentabilidade

O X Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, realizado em Vitória, trouxe mais de 390 trabalhos técnico-científicos, aprovados pela comissão técnica do evento e apresentados por estudantes e pesquisadores de todo o Brasil, nessa quarta-feira (09) e nesta quinta-feira (10), no Centro de Convenções de Vitória, na Capital.
Desse total, 30 trabalhos foram selecionados para apresentação oral em sessões técnicas e mais de 180 dos trabalhos foram apresentados em formato de pôsteres, durante os dois dias no evento. Todos os trabalhos podem ser lidos na íntegra no site do simpósio.
Na quarta-feira, as apresentações englobaram temas como, agregação de qualidade ao café, agroclima e fisiologia, aprimoramento dos sistemas de cultivo, melhoria dos processos de colheita e pós-colheita e uso racional da água na cafeicultura.
Nesta quinta-feira, as apresentações envolveram os seguintes conteúdos: aperfeiçoamento dos processos industriais e novos produtos à base de café, benefícios do café à saúde humana, desenvolvimento econômico e social das regiões produtoras de café, genética, melhoramento e biotecnologia, manejo de pragas e doenças nos cafeeiros, mecanização, cultivo e colheita do café em áreas planas e de montanhas e transferência de tecnologia e comunicação.
Para as apresentações orais, o simpósio contou com a moderação dos pesquisadores do Incaper, Sarah Ola Moreira, Vanessa Alves Justino Borges, José Aires Ventura, José Altino Machado Filho e Renato Corrêa Taques, além do extensionista do Instituto, João Felipe de Brites Senra.
O diretor-técnico do Incaper, Nilson Araujo Barbosa, pontuou que a cafeicultura brasileira passa por muitas transformações e evoluiu muito ao longo de mais de 30 anos, no Espírito Santo. “Nesse sentido, o papel dos institutos de pesquisa e dos estudantes e futuros profissionais da área técnico-científica é trazer o desenvolvimento tecnológico, a inovação em áreas que são imprescindíveis para a cafeicultura, pensando no produtor rural, seja ele pequeno, médio ou grande proprietário. As motivações da pesquisa científica são fatores essenciais no desenvolvimento do trabalho do pesquisador e da extensão rural e na obtenção de resultados efetivos para o arranjo produtivo da cafeicultura”, disse.
“O Incaper e a Embrapa Café executaram um excelente trabalho, com uma dedicação ímpar de todas as equipes, o que resultou em um recorde de participantes e de trabalhos científicos. Foram dias fundamentais, não só para a divulgação dos resultados de pesquisas, como também para intercâmbio entre pesquisadores, técnicos da extensão, professores, alunos e cafeicultores”, comemorou o gerente de pesquisa do Incaper que participou do simpósio, Luiz Carlos Prezotti.
Na ocasião, extensionista do Incaper, Cesar Abel Krohling, apresentou um de seus trabalhos técnico-científicos, com o título “Características Sensoriais de Cultivares de Café na Região de Montanhas do Estado do Espírito Santo”. Segundo ele existe uma preocupação dos cafeicultores de plantio em áreas novas e de renovação, a introdução de um material genético que tenha potencial de boa qualidade de viveiro.
“Realizamos um trabalho durante quatro anos com 25 genótipos de café, em Marechal Floriano, a 755 metros de altitude. Os resultados mostraram que todos os materiais genéticos testados, que representam hoje mais de 88% dos plantios comerciais do Brasil, têm potencial para a produção de qualidade de bebida, independentemente da cor do fruto. Também comparamos e estudamos materiais genéticos com materiais já utilizados no passado que têm ou não tolerância e resistência para a ferrugem do café, ou que apresentam boa qualidade de bebida e podem ser boas opções para áreas de plantio comerciais, tanto nas regiões de montanha como no Caparaó Capixaba”, explicou.
O pesquisador voluntário do Incaper, o doutor e mestre em Genética e Melhoramento de Plantas pela UFV, Romário Gava Ferrão, foi o responsável por apresentar o trabalho técnico – científico que trouxe mais detalhes sobre a cultivar clonal de café conilon, desenvolvida pelo Incaper, “Marilândia ES 8143”.
“Além de ser tolerante à seca, a planta apresenta qualidade superior de bebida, além alto vigor vegetativo e resistência à ferrugem, que é uma das principais doenças dos cafezais. Mesmo em condições de déficit hídrico, a planta mostra baixo índice de desfolhamento, e a maturação dos frutos é uniforme. A produtividade média é muito boa, com 63,62 sacas beneficiadas por hectare em condições de déficit hídrico e 80,98 sacas beneficiadas por hectare em condições normais”, pontuou.
O trabalho intitulado “Manejo de Escolitídeos Praga, Hypothenemus hampei e Xylosandrus campactus, em cafeeiro conilon”, do pesquisador do Incaper, Renan Batista Queiroz, foi apresentado pelo jovem bolsista, Rafael Guy Gouvea, que alertou sobre o manejo de pragas e doenças nos cafeeiros, levando em conta quesitos como a temperatura diária, o monitoramento e controle da broca do café – uma praga bastante prejudicial ao cafeeiro, os sinais aos clones que são mais suscetíveis a ocorrência desses riscos, o comportamento de clones quanto à infestação de pragas, entre outros detalhes.
A pesquisa “Caracterização sensorial de progênies de café arábica em fase avançada de melhoramento genético no Espírito Santo”, inserida no tema central “Agregação de qualidade”, foi exibida pela pesquisadora do Incaper, Maria Amélia Gava Ferrão. Ela abriu a apresentação explicando que os dados foram obtidos em um experimento implantado na Fazenda Experimental do Incaper, em Venda Nova do Imigrante (FEVN), na qual são estudadas 40 progênies avançadas de café arábica.
A pesquisadora lembrou que a qualidade sensorial do café é influenciada por fatores que interferem em propriedades físicas e físico-químicas, com destaque para características genéticas, ambientais, tratos culturais, métodos de colheita, processamento, pós-colheita, beneficiamento e armazenamento.
“Para isso, o nosso objetivo foi caracterizar os principais atributos sensoriais da bebida de progênies elites, em fase de pré-lançamento, de modo a identificar as superiores para subsidiar o desenvolvimento de novas cultivares, que aliem qualidade genética e boa performance agronômica, e que possam promover inovações que levem ao aumento da renda no campo e a qualidade de vida dos cafeicultores.”
A gerente de transferência de tecnologia e conhecimento do Incaper, a pesquisadora Sheila Cristina Prucoli Posse, comemorou as participações no evento. “Temos muito orgulho de saber que tornamos possível mais um grandioso intercâmbio de experiências entre os jovens bolsistas, pesquisadores e técnicos de todo o País. A nossa intenção é inserimos cada vez mais jovens na carreira de pesquisador e alavancar a pesquisa científica em nosso país. Também é de extrema importância a transferência desses resultados, para o Espírito Santo, já que nossos produtores rurais e consumidores estão cada vez mais exigentes”, ressaltou.
O X Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil também contou com minicursos sobre temas como: manejo nutricional do cafeeiro, manejo de poda no café arábica, plantio de café em montanha visando à mecanização, produção de cafés especiais, manejo de poda dos cafés do Espírito Santo e gestão da propriedade cafeeira.
Nesta sexta-feira (11), como atividade opcional, os participantes poderão visitar lavouras de café arábica ou conilon em locais definidos pelo Incaper para conhecerem tecnologias adotadas e desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café.
A realização do simpósio é fruto de uma parceria entre o Consórcio Pesquisa Café, (Embrapa Café) e Incaper, com o apoio da Fundagres e Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). E para saber mais sobre os cafés do Espírito Santo, basta acessar o canal do Incaper no YouTube.
Seag/incaper

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Último fim de semana de inverno chega com alerta climático para a safra de verão

O inverno de 2025 se despede no Brasil neste fim de semana. Na segunda-feira (22.09),às 15h19, o equinócio marca a entrada oficial da primavera. Mas, antes da estação das flores, o campo já recebe sinais de preocupação.
Boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com CPTEC/INPE e Funceme, aponta que os próximos meses devem ser marcados por déficit hídrico expressivo em grande parte do território, com impacto direto sobre culturas em maturação e sobre o início do plantio da safra de verão.
O alerta climático foi apresentado durante encontro da Conab em Brasília e está relacionado ao rápido resfriamento das águas do Pacífico, condição que pode indicar a formação de um novo episódio de La Niña ainda neste ano.
Regiões em atenção
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Norte – Previsão de chuvas abaixo da média em áreas do Pará e Amazonas, com déficits acima de 100 mm já em setembro. Acre, Rondônia e sul do Amazonas podem enfrentar solo excessivamente seco, afetando sobretudo a agricultura familiar.
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Nordeste – Cenário de seca severa em Maranhão, Piauí, Ceará e interior da Bahia. A umidade relativa deve permanecer abaixo de 30%, prejudicando lavouras não irrigadas.
- Sudeste – Norte de Minas, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo enfrentam risco de escassez hídrica, com reflexos sobre o café e o início do ciclo de grãos. A reposição da umidade só deve ocorrer em novembro.
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Sul – Situação oposta: previsão de chuvas acima da média, com solos úmidos e condições favoráveis às culturas de inverno, como trigo, aveia e cevada.
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Centro-Oeste – Temperaturas elevadas e solo sem reposição adequada de água até outubro. No leste de Mato Grosso e oeste de Goiás, o risco é de perdas no milho em maturação e atraso no plantio da soja.
Ainda no Centro-Oeste, os sinais de crise já resultaram em medidas emergenciais. O governo de Mato Grosso do Sul prorrogou até 30 de novembro o Estado de Emergência Ambiental em todo o território. O decreto se baseia em dados do Cemtec, que registrou mais de 90 dias sem chuvas significativas em municípios como Porto Murtinho, além de temperaturas superiores a 38 °C e índices de umidade abaixo de 15%.
A situação é descrita como um “triângulo do fogo”, em que calor, seca e ar extremamente seco elevam o risco de queimadas. O decreto permite a dispensa de licitação para compras emergenciais de bens e serviços de prevenção e combate a incêndios.
A irregularidade climática coloca em xeque o calendário agrícola. Em áreas de grãos, o atraso na reposição da umidade pode postergar a semeadura da soja, principal cultura da safra de verão, enquanto regiões cafeeiras temem perda de intensidade na florada. No Norte e Nordeste, a agricultura familiar é a mais vulnerável, com risco de perda de renda por falta de irrigação adequada.
Já no Sul, a boa notícia é a expectativa de uma safra robusta de trigo e cevada, beneficiada pelo excesso de umidade.
Especialistas recomendam que produtores adotem estratégias de manejo hídrico e planejem o escalonamento do plantio. O avanço de uma possível La Niña pode intensificar ainda mais o contraste entre regiões secas e chuvosas, exigindo atenção redobrada para reduzir perdas produtivas.
A chegada da primavera, portanto, não traz apenas flores: marca também o início de uma fase decisiva para o agro brasileiro, que terá de lidar com um cenário climático desafiador já no arranque da nova safra.
Fonte: Pensar Agro
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