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Palácio Anchieta recebe a exposição ‘De onde surgem os sonhos’
Na noite dessa segunda-feira (16), no Palácio Anchieta, em Vitória, aconteceu a abertura da exposição “De onde surgem os sonhos”, que reúne 72 obras de 50 artistas brasileiros consagrados e novos nomes, apresentando ao público capixaba um recorte da coleção Andrea e José Olympio Pereira, considerada uma das maiores coleções de arte contemporânea do Brasil – e que está entre as 200 maiores do mundo.
Com curadoria de Vanda Klabin, a exposição é realizada pelo Museu Vale, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Na mostra, as obras expostas têm a natureza como potência criativa, em diálogo com o registro dos povos originários, afrodescendentes e da dita tradição popular. O governador do Estado, Renato Casagrande, e a primeira-dama Maria Virginia, participaram da abertura da exposição.
O título “De onde surgem os sonhos” remete à obra homônima de Jaider Esbell, um dos artistas Macuxi mais renomados de Roraima. Produzida com canetas marcadoras, sobrepondo elementos visuais que propõem uma viagem onírica multicolorida, a obra foi adquirida em 2021 pelo casal de colecionadores Andrea e José Olympio Pereira. Escritor, artista, arte-educador, geógrafo, curador e ativista dos direitos indígenas, Esbell faleceu em novembro daquele mesmo ano.
Guiada pela ideia de paisagem, a curadora Vanda Klabin desenvolveu uma mostra fluida e aberta à percepção do espectador, para articular modos de ver distintos e possibilitar ao visitante ser conduzido por seu próprio olhar, impulsionado pela curiosidade e pela percepção do belo, das novas possibilidades, das inquietações e seus múltiplos significados, a fim de refletir sobre a própria história.
“De onde surgem os sonhos” exibe uma nova estética da diversidade brasileira e suas inúmeras singularidades, ao incluir obras complexas e suas poéticas que mesclam as suas vivências e seus saberes com as experiências mitológicas, religiosas, profanas, oníricas ou filosóficas, que estão impactando a esfera da cultura brasileira.
“É com alegria que recebemos esta exposição em nosso Palácio Anchieta. Fruto de mais uma importante parceria entre o Governo do Estado e o Instituto Cultural Vale, ela apresenta um recorte de uma das maiores coleções de arte do mundo. Mais do que isso, ela nos aproxima de diversas poéticas que nos instigam a contemplar diferentes ângulos”, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha.
Representatividade
De acordo com Vanda Klabin, a mostra apresenta demarcações diferenciadas no acervo e aviva um novo olhar, que repensa a experiência artística em outras veredas, outros roteiros e interpretações, à luz de uma percepção renovada sobre o papel da arte originária, da arte popular e da arte afrodescendente. Com isso, confere legitimidade a toda uma produção antes considerada “periférica” e, por isso, com pouca visibilidade no campo cultural brasileiro.
É importante, ainda, ressaltar que muitas das novas aquisições são representativas de artistas contemporâneos de diferentes regiões do país – os quais, inclusive, transitam por linguagem variadas e mídias diversas. Mais que isso: suas obras têm uma aproximação singular com a arte indígena, dos povos ancestrais, dos afrodescendentes e da arte popular.
Representado por duas obras de Acelino Sales Tuin, “Txain Punke Ruaken” (2021) e “Nahene Wakame” (2022), o Coletivo Mahku marca presença na mostra. Formado por artistas e pesquisadores indígenas da etnia Huni Kuin – também conhecidos como Kaxinawá, originários da Aldeia Chico Curumim, no Alto do Rio Jordão, no Acre –, o grupo tem suas origens ligadas às pesquisas de Ibã Sales e de seus três filhos (Acelino, Bane e Maná) em torno dos hunimeka, cantos da ayahuasca na língua hãtxkuin. Esses artistas transformam e criam pontes em direção aos não indígenas por meio de murais e desenhos – ao mesmo tempo que constroem alianças e fortalecem suas próprias estratégias de autonomia.
A paisagem representa o percurso múltiplo e heterogêneo dessa arte, por ser, ela mesma, objeto inesgotável de representação do embate permanente do homem com a natureza. “Neste momento-agora, homem, natureza e paisagem estão todos juntos num mergulho profundo na cultura brasileira, tanto de forma invocatória quanto reconvocatória. O olhar para a natureza é o vetor que conecta todas as produções artísticas presentes na mostra”, observou Vanda Klabin.
Em seu trajeto pelo espaço expositivo, o visitante passeia por obras que emergem no ambiente propositalmente distribuídas sem um critério específico, descobrindo esse olhar mais livre e aberto às circunstâncias do mundo, decodificadas livremente por cada um.
A coleção
Famosa no mundo inteiro, a coleção de Andrea e José Olympio Pereira tem foco na produção brasileira a partir dos anos 1940 até o momento atual, reunindo cerca de 2.500 obras. Em 2018, inauguraram o Galpão da Lapa, antigo armazém de café do século XIX, e o converteram em um espaço expositivo que recebe, a cada dois anos, um curador diferente para criar novas exposições a partir das obras de sua coleção.
“Quando nos interessamos por um artista, gostamos de ter profundidade. Conseguimos entender melhor o artista dessa forma, pois um único trabalho não mostra tudo. É como se fosse um livro cuja história seria impossível de ser compreendida só com uma página”, pontuou Andrea Olympio Pereira.
Museu Vale
O diretor do Museu Vale, Ronaldo Barbosa, destacou que o momento é de alegria, pois essa exposição marca também as comemorações dos 25 anos da instituição e tem tudo para surpreender o público capixaba. “Em tempos de tantas mudanças e tantos aprendizados, esse contato forte com toda uma geração de artistas que transformam suas realidades com a arte e com suas atitudes é algo que mexe com a gente”, disse.
Ele acrescentou que “De onde surgem os sonhos” possibilita uma experiência de encontros, descobertas e profundas transformações. “Acredito que é o sentimento que vai imperar, no encontro do público com artistas não só impressionantes, mas também essenciais na defesa das causas originárias, num momento de tanta riqueza e espaço para rever conceitos e ampliar o olhar e o sentimento para com os caminhos mais que renovadores da arte contemporânea”, ressaltou Ronaldo Barbosa.
Serviço:
Exposição “De onde surgem os sonhos”
Quando: de 17 de outubro de 2023 a 28 de janeiro de 2024
Horário: de terça-feira a sexta-feira, das 8h às 18h (início da última sessão às 17h); sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h (início da última sessão às 15h).
Local: Palácio Anchieta, Praça João Clímaco, Centro de Vitória
Agendamento de grupos escolares pelos telefones (27) 3636-1031 e (27) 3636-1032.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secult
Tiago Zanoli / Danilo Ferraz / Karen Mantovanelli / Juliana Nobre
Telefone: (27) 3636-711
Whatsapp: (27) 99753-7583
[email protected] / [email protected]
Fonte: GOVERNO ES

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Nei Lopes leva seu samba para o Parque Cultural Casa do Governador

O samba partido alto de Nei Lopes cadencia a programação do próximo Parque Aberto, que acontece nos dias 11 e 12 de outubro, no Parque Cultural Casa do Governador, localizado na Praia da Costa, em Vila Velha. Além dele, o festival cultural com entrada gratuita contará com concerto, feira criativa, praça de alimentação, oficina, visitas mediadas e, em paralelo, a programação da Festa Literária Internacional Capixaba, a Flinc.
No sábado (11), Nei Lopes chega com seus 80 anos e 50 de carreira para se apresentar às 20 horas, com Itamar Assiere (piano e direção musical), Ivan Machado (baixo) e Erivelton Silva (bateria). No show, o sambista canta sucessos da carreira como “Senhora Liberdade”, “Goiabada Cascão, “Tempo de Dondon” e “Gostoso Veneno”.
Como letrista, Nei Lopes tem mais de 300 canções gravadas por grandes nomes da música popular brasileira, como Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Elza Soares, Elizeth Cardoso, Fatima Guedes, Grupo Fundo de Quintal, MPB4, Zeca Pagodinho, Zezé Motta, Roberta Sá, Diogo Nogueira e Seu Jorge. Em 2005, seu CD “Partido ao Cubo” foi eleito o melhor disco de samba no Prêmio da Música Brasileira.
No domingo (12), às 11 horas, a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) sobe ao palco com a Série Famílias, apresentando um repertório emocionante com trilhas sonoras de clássicos da animação como Pinóquio, Pocahontas, A Bela e a Fera, Branca de Neve e A Pequena Sereia. Os arranjos são assinados por nomes consagrados como Calvin Kuster, Bob Krogstad, além de composições de Antônio Paulo Filho e do Maestro Modesto Flávio.
Estreia da Flinc
Paralelamente ao Parque Aberto, será realizada a primeira edição da Festa Literária Internacional Capixaba (Flinc), nos dias 10, 11 e 12 de outubro, também com entrada gratuita. A Flinc chega com o propósito de incentivar a leitura e democratizar o acesso à cultura literária, promovendo encontros com autores, bate-papos, atividades educativas e culturais voltadas a todos os públicos.
A programação da manhã do dia 12 de outubro será dedicada ao público infantil. A partir das 9 horas, o espaço Flinquinha, área especial voltada à literatura para crianças.
Nos dois dias de Parque Aberto acontece a Feira Curva com empreendedores artesanais capixabas, praça de alimentação com food trucks de bebidas e comidas e outras atividades que serão divulgadas em breve.
A programação é gratuita e os ingressos serão disponibilizados on-line na plataforma INTI, a partir de meio-dia da próxima segunda-feira (06).
Sobre o Parque Cultural Casa do Governador
Inaugurado em maio de 2022, o Parque Cultural Casa do Governador está localizado na Residência Oficial do Governo do Estado e apresenta uma vasta programação estruturada em três eixos complementares: arte, sustentabilidade e educação.
Foi concebido como um espaço dedicado à valorização da produção cultural local e também é reconhecido como a maior galeria de arte ao ar livre do Espírito Santo, com um acervo de 33 obras, sendo 23 permanentes e 10 temporárias, incluindo esculturas, instalações e projetos específicos para o lugar.
Com uma área de 93 mil metros quadrados, o Parque é gerido pelas Secretarias da Cultura (Secult) e do Governo (SEG), por meio do Instituto ArteCidadania (IAC). Aberto gratuitamente ao público de terça a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos, das 8h às 15h, promove uma interação única entre arte contemporânea, natureza e atividades educativas.
Conta com patrocínio ouro da EDP e patrocínio prata do Instituto Cultural Vale e da Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e patrocínio prata da ArcelorMittal.
Serviço:
Parque Aberto
Datas:
11/10 (sábado) – das 8h às 21h (com última entrada às 20h)
12/10 (domingo) – das 8h às 15h (com última entrada às 14h)
Local: Parque Cultural Casa do Governador. Rua Santa Luzia, s/n, Praia da Costa, Vila Velha
Ingressos gratuitos: a partir de segunda-feira (06), ao meio-dia no link https://parqueculturalcasadogovernador.byinti.com/#/ticket/
Assessoria de Comunicação da Secult
Tati Beling / Danilo Ferraz / Karen Mantovanelli
Telefone: (27) 3636-7110 / 3636-7111
Whatsapp: (27) 99753-7583
[email protected] / [email protected]
Assessoria de Comunicação do Parque Cultural Casa do Governador
Melissa Künsch
[email protected]
Matheus Nobre
[email protected]
Fonte: GOVERNO ES
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