conecte-se conosco


Geral - ES1.com.br

Governador visita obras de dragagem do Rio Marinho

Publicado em

O governador Renato Casagrande visitou, na manhã desta sábado (23), a comunidade de Nova América, em Vila Velha, onde acontece a limpeza do Rio Marinho. O local sofre constantemente com alagamentos. Casagrande também conversou com moradores da região da Grande Cobilândia e acompanhou as intervenções que estão sendo realizada na Ponte Governador Gerson Camata (Segunda Ponte).

Há três meses, o Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), vem realizando a limpeza do Rio Marinho e outros canais da região. Os serviços devem prosseguir pelos próximos três meses. Durante a visita, o governador destacou que as obras são emergenciais e fazem parte do grande investimento do Estado em macrodrenagem.

“É bom estar aqui para ver o momento em que está acontecendo. Estamos trabalhando nessa região há três meses e ficaremos outros três meses ou mais para fazer a limpeza do Rio Marinho, Campo Grande, Jardim de Alah e Maria Preta. Tem locais em que as máquinas não chegam, pois existem algumas casas que foram construídas quase dentro do rio e só conseguimos entrar com negociação. Mas os serviços de limpeza de rios e cais vão continuar, apesar de não ser essa a solução definitiva”, comentou.

leia também:  Governador participa da liberação de trecho da Avenida Leitão da Silva

Casagrande explicou que as intervenções de macrodrenagem servem para facilitar o escoamento da água das chuvas, mas não impedem eventuais alagamentos. No entanto, o projeto do Estado prevê ainda a instalação no próximo ano de bombas d’água para acelerar o processo. Após as instalações dos equipamentos, as intervenções prosseguem nos próximos quatro anos.

O governador também fez um alerta sobre a ocupação irregular das margens dos canais, que acaba impedindo o fluxo da água das chuvas e contribui para os alagamentos. “É um trabalho que envolve a Prefeitura e toda a comunidade. A largura do canal tem média de 12 metros de largura e por conta das ocupações tem locais com três metros de largura, diminuindo o fluxo da água. Para quem sofreu com as chuvas, a Defesa Civil está à disposição, fazendo o cadastro para que as pessoas possam receber colchões, kit de higiene, cesta básica e telhas de amianto”, disse Casagrande.

Também participaram da visita, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Cerqueira; o diretor-presidente do DER-ES, Luiz César Maretto Coura; o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel André Có Silva; além dos prefeitos de Vila Velha, Max Filho; e de Cariacica, Geraldo Luzia Júnior, o Juninho.

leia também:  Rio Bananal recebe uma nova academia popular

Governo

Geral - ES1.com.br

Atrasos portuários travam exportações de café e expõem gargalos logísticos do Brasil

Os embarques de café brasileiro enfrentaram, em agosto, um dos maiores gargalos logísticos dos últimos anos, com prejuízos estimados em R$ 5,9 milhões e mais de 600 mil sacas retidas nos portos. O problema, apontado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), reflete o esgotamento da capacidade operacional e a falta de investimentos em modernização portuária.

Além dos custos diretos com armazenagem e detenção de contêineres, o país deixou de arrecadar cerca de R$ 1,2 bilhão em receita cambial, considerando o valor médio por saca exportada. O quadro acende um alerta para a competitividade do café brasileiro, que lidera o mercado global, mas enfrenta crescentes desafios logísticos para escoar a produção.

Segundo especialistas, o Porto de Santos, responsável por mais de 80% dos embarques nacionais, opera próximo ao limite. Em agosto, dois terços dos navios que deveriam sair do terminal sofreram atrasos ou mudanças de escala, com casos de espera que chegaram a 47 dias. No Porto do Rio de Janeiro, o segundo mais relevante para o café, quase 40% das embarcações também foram afetadas.

O Cecafé defende uma estratégia conjunta de governo e setor privado para destravar os gargalos. O debate sobre o novo marco regulatório dos portos, em tramitação na Câmara, é visto como decisivo para ampliar investimentos, acelerar concessões e evitar a judicialização de licitações como a do Tecon Santos 10, considerada essencial para ampliar a capacidade de contêineres.

leia também:  Câmara de São Gabriel homenageia cidadãos em Sessão Solene

O impacto não se restringe à exportação de café: os gargalos logísticos já comprometem o desempenho de outras cadeias agroexportadoras, especialmente as que dependem de transporte conteinerizado, como frutas, algodão e carnes processadas. Com a demanda global em alta e a safra recorde em curso, o setor teme que a ineficiência portuária se transforme em um dos principais entraves à expansão do agronegócio brasileiro nos próximos anos.

Isan Rezende

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação dos Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso (Feagro-MT), Isan Rezende, esses atrasos são a síntese do gargalo logístico que o Brasil enfrenta. “Os produtores que investem em grãos de qualidade perdem parte do valor agregado quando não conseguem entregar dentro do calendário comercial. E isso reduz o retorno sobre os investimentos feitos em fertilizantes, irrigação e preparo de solo”.

“Vivemos um país em que a estrutura logística está ficando para trás em relação à produção agrícola. Estima-se que o Brasil tenha uma defasagem de capacidade de armazenagem que supera 20 % da safra, o que obriga o agricultor a escoar rapidamente seus grãos sob risco de perda. Essa limitação, quando combinada com estradas em más condições e falta de integração entre modais, encarece o custo final do produto e reduz a competitividade internacional”, comentou Rezende.

leia também:  Colheita de milho encarece frete por falta de armazenagem

“Quando você compara o custo de transporte rodoviário aqui com o dos Estados Unidos encontramos um peso brutal que chega a 30%. Essas distorções logísticas se acumulam e acabam drenando eficiência ao longo de toda a cadeia do campo”, exemplificou Isan Rezende.

“É imprescindível uma reengenharia logística nacional: mais ferrovias, hidrovias, terminais de integração e centros logísticos estratégicos. É preciso que modais conversem entre si, que portos não sejam gargalos permanentes, e que o governo e investidores privados enxerguem que logística não é custo extra, mas alicerce para manter o agro brasileiro crescendo”, completou o presidente do IA.

Fonte: Pensar Agro

Visualizar

MAIS LIDAS DA SEMANA

error: Conteúdo protegido!!