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Deputado Da Vitória defende isolamento social

Publicado em

Foto: Câmara dos Deputados

O Deputado Estadual Da Vitória usou suas redes sociais para se pronunciar quanto as manifestações do Presidente da República, acerca do isolamento social.

Da Vitória reforça que as medidas de isolamento social como forma de conter a disseminação do COVID-19 são recomendadas por especialistas e entidades de saúde de todo o mundo, incluindo pelo Ministério da Saúde.

“Este momento exige que todos sigam esta determinação e fiquem em casa para todos juntos enfrentarmos esta pandemia. O momento exige também responsabilidade por parte de todos, principalmente do Presidente da República, a quem cabe liderar as ações a serem adotadas no Brasil. A situação econômica é preocupante e no Congresso estamos debatendo as medidas necessárias para minimizar os impactos. Mas a prioridade agora deve ser salvar vidas de brasileiros”, pontuou o Deputado Da Vitória.

Fonte: Editora Hoje

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Seminário coloca a comunicação pública como pilar da democracia

A importância da comunicação pública para a manutenção da sociedade livre, bem informada e da própria democracia deu o tom das palestras do I Seminário Estadual de Comunicação Pública. O evento, uma parceria da Assembleia Legislativa (Ales) com o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), foi realizado nesta quinta-feira (18) no auditório do tribunal.

Fotos do seminário

A primeira palestra foi realizada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Eugênio Bucci. O comunicador abordou quatro pontos: verdade factual como pilar da democracia; o papel da comunicação pública como política de Estado; cultura da hipervisibilidade daquilo que é espetáculo; e os desafios das instituições estatais em não cair na autopromoção. Para o professor, o risco que deveria ser mais evidente é o da desinformação corroer a confiança social e fragilizar as instituições.

“Nós estamos vendo isso acontecer. Nós estamos vendo situações em que a informação não resolve a desinformação. Eu não sei se vocês já sentiram isso. O conhecimento não resolve a ignorância. É como se fosse um território blindado. Não adianta vocês jogarem com o dado certo, porque ele não vai entrar, a pessoa não vai acreditar ou não vai aceitar”, alertou.

Bucci defendeu que quem trabalha com a comunicação pública precisa compreender que o poder que emana do povo, ao refletir sua vontade, passa por um grande direito, o da informação. E informação, segundo o palestrante, não seria levar para as pessoas aquilo que o comunicador ou a instituição quer que as pessoas entendam ou concordem. Para o especialista, quando o direito à informação não é atendido, ou se a desinformação prospera, é possível uma pane institucional.

“Vamos pensar que a democracia seja uma máquina. Para que ela gire, para que ela funcione, é necessário que no início, exista o abastecimento do cidadão, ele tenha boa escolha, ele tenha condições (…) é preciso que o poder não tranque a informação, seja transparente. Se isso vai sendo assegurado, a democracia funciona”.

Sobre a comunicação pública como política de Estado, Eugênio Bucci comparou os exemplos de estruturas independentes europeias, como a alemã, que garantem uma entrega realmente provida por recursos públicos, mas com governança independente garantida. “São instituições que asseguram a estabilidade da ordem democrática”. A rede de emissoras públicas na Alemanha contaria com um orçamento equivalente a quatro vezes o orçamento da principal rede comercial brasileira.

Visibilidade

Um ponto crítico refletido durante o seminário foi sobre a cultura da hipervisibilidade, quando uma pessoa não é visível, mas sente a necessidade de ser. “Nós não sabemos o que é a tirania da imagem e a que ponto ela se tornou profunda e dominante. Um adolescente, quando pega um fuzil, vai para a escola e mata nove colegas, e depois se mata, ele quer que pelo menos depois da morte dele, o retrato dele apareça no informe”. Citando a Sociedade do Espetáculo (Guy Debord, 1967), Eugênio Bucci aponta que a visibilidade se tornou mais do que uma forte moeda, mas um fator de organização dos meios de produção. “A visibilidade é dinheiro, mas é dinheiro aplicado, e a visibilidade também, se retirada, como se fosse a morte para a pessoa”.

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Sobre o dilema das instituições estatais não caírem na autopromoção dos dirigentes e gestões de ocasião, o comunicólogo afirmou que os desafios no Brasil são descomunais nessa área, apesar da Constituição Federal determinar a impessoalidade da administração pública. Bucci acusou que normalmente a orientação é que seja trabalhado para o mandatário ser aprovado ou reeleito.

“Há uma diferença entre a atitude de perguntar o que o cidadão tem direito de saber e a atitude de responder o que eu gostaria que o cidadão soubesse. O desafio então de fazer isso é educar a alta autoridade. Mas eu vejo hoje, no Brasil, autoridades compreendendo essa questão, promovendo o direito da informação ao cidadão, renunciando ao luxo de se deixar autopromover”, apontou.

Democracia

O crescimento do ódio e da intolerância recente na sociedade, com movimentos autoritários e autocratas, para Bucci, é dirigido e com foco muito específico: vetores da verdade e pilares da democracia.

“Ele normalmente se materializa contra a ciência, contra a imprensa, contra a justiça, contra as artes, contra as universidades. Em todas essas instituições, em todos esses campos epistêmicos, o que se faz é verificar a verdade dos fatos. A justiça precisa saber quais são os fatos com precisão para poder aplicar a lei. Mesmo o órgão de controle precisa entender o que aconteceu de fato”, ilustrou.

Já a imprensa, continua, tem por busca apurar os fatos, “às vezes nem mal, às vezes não tem tudo o que aconteceu, tem imperfeições, tem erros, mas existe para apurar os fatos”. Enquanto a universidade seria atacada por lidar com a verdade dos fatos, a ciência, as artes, seriam atacadas exatamente por trabalharem com a ficção, a criatividade. “Porque a criação artística, a ficção, revela a nossa verdade”.

Povo e proposta

O outro tema que dominou a atenção do seminário foi o case de sucesso que é a Prefeitura de Salvador nas redes sociais. O diretor de comunicação digital, Paulo Vitor Bispo (PV Bispo), apresentou diversas ações promovidas para informar ações da municipalidade, envolver a população da cidade e estabelecer forte engajamento. Para o palestrante, o grande desafio é despertar os interesses das pessoas, pois elas estão naturalmente mais preocupadas em viver a vida delas.

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Por serem troca social, as redes devem focar em interação e buscar contato mais próximo do cidadão. Para PV Bispo, igualmente à educação, informação é sinônimo de liberdade, e a importância de uma boa história passa para além do engajamento, mas garantir que a informação chegue e o receptor a entenda com clareza. “O desafio é de fazer troca social em um período desafiador em ter atenção (…). Como falar sobre novo hospital municipal, sobre leis, concorrendo com o que genuinamente vem ganhando o interesse nas redes?”.

Apontando que a comunicação precisa ser encarada como um meio e não um fim, o convidado defendeu que a instituição veja seus canais como estratégicos.

“Não adianta a gente receber informação de que a escola vai ser inaugurada amanhã, e a gente do nada vai tirar isso. A gente precisa entender se será que vale amanhã entregar a escola, ou se será que vale entregar dois dias depois, porque é o dia de aula da escola, ou o dia da educação. Olha como isso muda, olha como a informação fica mais estratégica para o dia que está acontecendo”, exemplificou.

Bispo também alertou da necessidade de trocar “partido” por “proposta” na gestão. “Precisa entender que não é a pessoa, é a instituição”.
“A minha preocupação é construir uma marca de cidade, (…) nosso trabalho foca em construir uma prefeitura, uma instituição sólida, que vai mostrar o jeito soteropolitano de ser”, explicou.

O evento

Para o supervisor de Rádio e TV da Ales, Eduardo Dias, a cooperação entre Poderes e instituições capixabas no combate às notícias falsas busca também o fortalecimento da própria comunicação pública. “Sempre batemos muito nessa tecla, nesse meio de muita desinformação dos últimos tempos, de disseminação de notícias falsas, a comunicação pública está unida em prol de combater essa situação”.

Durante o evento, o presidente do TCE-ES, conselheiro Domingos Taufner, destacou que a iniciativa das instituições vem entregando sua mensagem principal.

“A união de esforços já rendeu frutos concretos, vídeos educativos que estão sendo compartilhados em trabalho coletivo contra a desinformação”. Taufner declarou ainda a torcida de que o aperfeiçoamento da comunicação pública auxilie “a enfrentar com firmeza e eficiência a desinformação que corrói nossas relações sociais em favor de interesses ilegítimos”.

Fonte: POLÍTICA ES

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