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Congresso Nacional da Carne debate consumo, genética e meio ambiente

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Belo Horizonte recebeu nesta quinta-feira (18.09) e sexta (19) a primeira edição do Congresso Nacional da Carne (Conacarne), promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Sistema Faemg e apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). O encontro reuniu produtores, técnicos, indústria frigorífica e especialistas para discutir os rumos da pecuária de corte, num momento em que o setor enfrenta simultaneamente oportunidades de mercado e pressões ambientais mais rígidas.

O evento, segundo os organizadores, nasce para ser um fórum permanente de formulação estratégica, colocando na mesma mesa governo, iniciativa privada e academia. A ideia é ampliar a competitividade da carne bovina brasileira diante de consumidores cada vez mais exigentes, tanto no mercado interno quanto externo.

Um dos pontos de maior repercussão foi o debate sobre tendências de consumo global. Importadores da Europa, do Oriente Médio e da Ásia reforçaram que há espaço crescente para cortes premium, carne magra, animais criados a pasto e produtos com certificação de qualidade. A CNA defendeu que o Brasil tem condições de se firmar como fornecedor de carne de alto valor agregado, mas que isso exige consistência na produção e padronização de carcaças. Frigoríficos ressaltaram que a tipificação e a qualidade sensorial da carne já são critérios decisivos nas negociações internacionais.

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A genética também foi tratada como fator central para a pecuária do futuro. Representantes da ABCZ, da Embrapa e de universidades apresentaram avanços em cruzamentos, raças compostas e programas de melhoramento que buscam aumentar a produtividade e atender a diferentes mercados. A avaliação é de que a tecnologia aplicada ao rebanho pode ser o diferencial para manter a liderança brasileira num cenário de competição global.

Se por um lado a qualidade foi apontada como oportunidade, por outro o Plano Clima, lançado pelo governo federal, foi alvo de críticas. Produtores argumentam que o programa transfere responsabilidades ambientais para o campo sem oferecer instrumentos concretos de apoio ou compensação. As metas para redução de emissões, consideradas ambiciosas, incluem exigências sobre emissões indiretas e podem, na avaliação de lideranças, penalizar pecuaristas que já adotam práticas sustentáveis. O setor cobra clareza regulatória, crédito específico e assistência técnica para cumprir os compromissos ambientais sem comprometer a viabilidade econômica da atividade.

Também esteve em pauta a rastreabilidade da carne e a necessidade de certificações que garantam sustentabilidade, bem-estar animal e segurança alimentar. A avaliação é de que esses atributos se tornaram indispensáveis para acessar mercados estratégicos e conquistar consumidores mais exigentes. “A cadeia da carne precisa falar a mesma língua, do pasto ao prato”, sintetizou um dos debatedores.

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Ao final, a percepção dominante entre os participantes foi de que a pecuária brasileira se encontra diante de uma encruzilhada: ou consolida padrões de qualidade, sustentabilidade e inovação, ou corre o risco de perder espaço para concorrentes em mercados de maior valor. O Conacarne, segundo os organizadores, pretende ser justamente o espaço para organizar essa transição.

Fonte: Pensar Agro

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Safra de grãos 25/26 deve ser de 353,8 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (18.09), em Brasília, as primeiras projeções para a safra de grãos 2025/2026, estimando uma colheita de 353,8 milhões de toneladas, 1% acima do ciclo anterior e um novo recorde histórico.

Os números fazem parte da 13ª edição do estudo Perspectivas para a Agropecuária 2025/26, elaborado em parceria com o Banco do Brasil. A área plantada deve crescer 3,1%, alcançando 84,24 milhões de hectares, enquanto a produtividade média deve cair 2%, para 4.199 kg/ha.

O avanço é puxado pela soja, carro-chefe do agro brasileiro. A produção da oleaginosa deve atingir 177,67 milhões de toneladas, crescimento de 3,6% sobre a temporada passada, impulsionada pela recuperação do Rio Grande do Sul após problemas climáticos e pela expansão da área cultivada em 3,7%.

Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, os dados refletem confiança dos produtores, disponibilidade recorde de crédito via Plano Safra e avanço tecnológico no campo. O milho, por sua vez, deve recuar 1%, somando 138,3 milhões de toneladas, enquanto o algodão deve alcançar novo recorde de 4,09 milhões de toneladas de pluma. Já o arroz deve encolher para 11,4 milhões, e o feijão tende a se manter estável em 3,1 milhões.

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A Conab também projeta crescimento no setor de proteínas animais, que deve somar 32,3 milhões de toneladas em 2025, com expansão prevista para 2026. A produção de frango deve avançar de 15,49 para 15,93 milhões de toneladas, com consumo interno em alta. Os suínos devem atingir 5,56 milhões em 2025 e 5,77 milhões em 2026, sustentados pelas exportações. Já a carne bovina deve registrar leve ajuste em 2025, para 10,9 milhões de toneladas, após recorde no ano passado, mas deve se recuperar no ciclo seguinte, chegando a 11,2 milhões.

Fonte: Pensar Agro

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