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Os caminhos que restam a Lula para evitar a prisão

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A negação do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos ministros da 5º Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), de fato, coloca o petista mais próximo da prisão, mas isso não significa que o cumprimento da sentença será automático.
Antes dessa possibilidade, é preciso que o Tribunal Regional da 4ª Região, que aumentou a pena de Lula no caso triplex para 12 anos e 1 mês, julgue os embargos de declaração apresentados pela defesa. A 8ª Turma, formada pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, não tem data para responder aos argumentos da defesa. Mas a expectativa é que isso aconteça ainda neste mês.
Assim que sair o veredito, Lula pode ser preso — como defendeu ontem (5) a Procuradoria Regional da República da 4ª Região.
Além da possibilidade (hoje remota) de que os questionamentos da defesa de Lula sejam acolhidos no TRF-4, o ex-presidente ainda tem alguns caminhos para evitar a prisão antes do trânsito em julgado — quando todos recursos se esgotam. Veja quais são eles:

Questionar a rejeição ao habeas corpus

A defesa de Lula pode questionar a decisão desta terça, 06, no próprio STJ ou entrar com um novo pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal de Federal(STF). Atualmente, já há um pedido nesse sentido na corte.
A defesa do ex-presidente já tinha entrado com um pedido de liminar para evitar a prisão do petista até o esgotamento de todos os recursos no caso do triplex de Guarujá no Supremo. O pedido foi rejeitado pelo ministro Edson Fachin que, contudo, submeteu o caso para análise do plenário da corte. Cabe à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, pautar o assunto para o pleno do Supremo.

camera_enhance A presidente do STF, contudo, já afirmou que o assunto não deve voltar à pauta da mais alta corte do país. (Crédito: divulgação)

Pressionar o STF para  julgar o tema

Duas ações diretas de inconstitucionalidade que questionam o entendimento selado em outubro de 2016 na corte que é possível a execução provisória da pena após condenação em 2ª instância aguardam julgamento do plenário do Supremo.
A presidente do STF, contudo, já afirmou que o assunto não deve voltar à pauta da mais alta corte do país. Segundo ela, a possibilidade de  usar a situação de Lula para rever a decisão sobre o início da prisão dos condenados em segunda instância seria “apequenar muito o Supremo”.
Nas últimas semanas, contudo, a pressão sob a ministra aumentou — inclusive entre seus pares. Ao que tudo indica, essa será a principal estratégia do PT para livrar Lula de uma eventual prisão antes que se esgotem todos os recursos.
Em nota, a legenda afirmou que a mais alta corte do país tem a obrigação de julgar o assunto.  “Trata-se de restabelecer plenamente um dos mais caros princípios constitucionais, que diz respeito a todos os cidadãos”, diz a nota.
O ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence, que defende Lula nas instâncias superiores, admitiu adotar a mesma tática: 
“Vamos lutar lá (no STF), mas, enfim, esperando que antes, no julgamento das ações declaratórias de constitucionalidade 43 e 44, o Supremo Tribunal se defina a respeito terminando essa dramática divisão”, disse Sepúlveda nesta terça-feira, referindo-se à apertada maioria que existe na corte favorável a imediata execução da pena.

Questionar a decisão do TRF-4

Depois que o acórdão do julgamento dos embargos no TRF-4  for publicado, a defesa de Lula terá 15 dias para apelar para as instâncias superiores, e deve enviar um recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e um recurso extraordinário para o Superior Tribunal Federal (STF). Ambos devem ser entregues ao mesmo tempo.
No recurso ao STJ, a defesa pode questionar aspectos legais da sentença e no STF, aspectos constitucionais, como por exemplo cerceamento do direito de defesa. Nos dois casos, pode ser pedida uma liminar suspendendo a pena até o julgamento do mérito, tanto do mandato de prisão quanto da decisão de inelegibilidade.

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Exame

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Cachoeiro poderá virar a capital do mármore e do granito

Conferir ao município de Cachoeiro de Itapemirim o título de Capital Estadual do Mármore e Granito. É o que estabelece o Projeto de Lei (PL) 260/2024, protocolado na Assembleia Legislativa (Ales) pelo deputado Coronel Weliton (PRD).

Na justificativa da proposição, o parlamentar conta que a exploração dessas pedras em Cachoeiro começou no final do século XIX, com imigrantes italianos que trouxeram técnicas de mineração e começaram a trabalhar nas pedreiras locais.

“Durante o século XX, a indústria de mármore e granito de Cachoeiro cresceu rapidamente. A cidade tornou-se um centro importante para a extração, beneficiamento e comercialização dessas rochas. (…) As pedras da região são utilizadas em construções, esculturas, revestimentos e decorações em todo o Brasil e em outros países”, ressalta.

Weliton ainda reforça que a indústria de mármore e granito desempenhou um papel crucial na economia e na cultura de Cachoeiro, gerando empregos e influenciando a paisagem urbana e cultural da cidade. “A tradição e o legado da indústria de pedras naturais continuam a ser uma parte fundamental da identidade de Cachoeiro de Itapemirim até os dias atuais”, afirma.

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Para alcançar seu objetivo, o PL 260/2024 altera o anexo único da Lei 10.974/2019, que consolidou a legislação em vigor referente à concessão de títulos em homenagem a municípios do Espírito Santo.

Se a proposição for aprovada e virar lei, a alteração na norma passa a valer na data de sua publicação em diário oficial.

Tramitação

A matéria foi lida no Expediente da sessão ordinária do dia 08 de maio e encaminhada para análise das comissões de Justiça e Finanças.

Acompanhe a tramitação do PL 260/2024

Fonte: POLÍTICA ES

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