Saúde
Onda de calor deve permanecer até a segunda quinzena de outubro

A onda de calor que assola o centro do Brasil deve permanecer até a segunda quinzena deste mês. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), consultado pela Agência Brasil. Hoje foram registradas máximas de 33º em Brasília; 41° em Cuiabá; 40° em Campo Grande; 38° em Goiânia; 40º em Palmas e 37° em Belo Horizonte.
As altas temperaturas devem-se a uma massa de ar seco posicionada sobre a região central do país, que impede a chegada das frentes frias e outros eventos climáticos que poderiam trazer maior nebulosidade e ocorrência de chuvas.
O fenômeno vem provocando altas temperaturas não somente nos estados da Região Centro-Oeste, mas também no Sudeste, em algumas áreas do centro-sul do Pará, do Tocantins, oeste da Bahia e norte e nordeste do Paraná.
“A massa de ar quente funciona como se fosse um bloqueio que impede o sistema de formar nuvens, e não ocorrem as chuvas. O canal de umidade que vem do Norte não consegue adentrar no Centro-Oeste trazendo chuvas”, explicou Heráclio Alves, meteorologista do Inmet.
Na segunda quinzena de outubro, essa massa de ar seco deve perder força. Com isso, a frente fria vinda do Sul avançará gradativamente, permitindo a formação de nuvens e a presença de chuvas no centro do Brasil.
Alves disse que não é possível prever ainda como as temperaturas ficarão na segunda quinzena deste mês. Segundo o meteorologista, quando se iniciam as chuvas, já começa a ocorrer uma queda bastante significativa de temperatura, mas isso pode variar de dia para dia.
Ele explicou que, uma vez que a frente fria se desloque do Sul para o Norte, as temperaturas e a seca devem ser amenizadas primeiramente no Sudeste, em Mato Grosso do Sul e sul de Goiás e depois se expandir para Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins e sul do Pará.
A massa de ar seco deve se deslocar para o oeste da Região Nordeste, contribuindo para o tempo seco no sertão, característico deste período.
De acordo com Heráclio Alves, neste fim de semana, alguns locais da Região Sudeste devem ter um “alívio” nas temperaturas. “Na faixa mais a leste, incluindo leste de São Paulo e Rio de Janeiro, neste fim de semana, vai ter massa de ar mais frio que avança pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina, mas com poucas chances de chuva. O calor diminui a partir de domingo, mas vai ser passageiro, até terça ou quarta-feira.
Cuidados
A nutricionista Tatiana Russel lembra cuidados importantes neste período de muito calor e baixa umidade. A primeira recomendação é tomar muita água. Tatiana alerta que, apesar de este ser um conselho “batido”, muitas pessoas não o observam no cotidiano, mas é preciso que fiquem atentas.
O segundo cuidado é evitar comidas pesadas, com muita fritura ou muito caldo. O apetite tende a diminuir no calor, principalmente na hora do almoço. Alternativas importantes são saladas cruas, vegetais cozidos e proteínas. Além de não deixar as pessoas com a sensação de peso, a digestão desses alimentos é melhor.
Tatiana enfatiza que o cuidado tem que aumentar a umidade do ar fica abaixo de 30%. A partir daí, é preciso intensificar medidas como aumentar o consumo de água e evitar atividades que possam ser prejudicadas pelo calor, como exercícios em horários em que o sol está mais forte, como o fim da manhã, a hora do almoço e o início da tarde.
Edição: Nádia Franco

Saúde
Fiocruz libera vacina de Oxford para distribuição aos estados

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liberou hoje (23), para distribuição aos estados, as doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela biofarmacêutica AstraZeneca, importadas da Índia. A logística de distribuição cabe ao Ministério da Saúde. No fim da tarde deste sábado, foram aplicadas as primeiras doses no Brasil.
Receberam a vacina o infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz) Estevão Portela e a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, também da Fiocruz, Margareth Dalcolmo. Os dois atuam na linha de frente da assistência a pacientes com covid-19 desde o início da pandemia e receberam as vacinas no Complexo da Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro.
Após ser vacinada, a médica Margareth Dalcolmo disse que hoje é dia simbólico, de muita esperança e sobretudo de muita confiança nas instituições do país. Margareth Dalcolmo acrescentou que hoje também é um dia para homenagear os profissionais de saúde do Brasil inteiro que estão de plantão nas unidades de terapia intensiva (UTIs) e nas emergências, cuidando diretamente dos pacientes.
“Estou seguramente sorrindo, mas pela esperança. Em primeiro lugar não é uma esperança vã, é uma esperança da confiança objetiva nas instituições brasileiras, na força do SUS e em todos que desde o início da pandemia, do carnaval do ano passado, estão comprometidos e continuam trabalhando”, disse.
A terceira pessoa a receber a dose foi a médica Sarah Ananda Gomes, que é coordenadora da equipe de Cuidados Paliativos no Hospital Felicio Rocho.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, prestou solidariedade ao estado do Amazonas que enfrenta uma séria contaminação pela covid-19.
Liberação das doses
A vacinação ocorreu logo após a Fiocruz começar a liberar os 2 milhões de doses de vacinas prontas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS). O primeiro caminhão com parte da carga saiu às 14h18 da Fiocruz e foi direto para um centro de logística também na zona norte para iniciar a separação das caixas que serão distribuídas aos estados. Ao todo, serão etiquetadas 4 mil caixas, cada uma com 50 frascos e 500 doses da vacina. Depois da etiquetagem, ocorrerá a liberação de documentação pela garantia da qualidade.
Segundo a Fiocruz, ainda na manhã de hoje foram coletadas amostras pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) para análise de protocolo e liberação do produto para que o Programa Nacional de Imunizações possa distribuir as doses aos estados. “Toda a operação para liberação das vacinas segue normalmente, sem intercorrências e dentro do cronograma”, informou.
Chegada
As doses importadas do Instituto Serum da Índia, um dos centros produtores da vacina de Oxford-AstraZeneca, chegaram à Fiocruz por volta de 1h deste sábado, após serem recebidas no Aeroporto Internacional Tom Jobim RIOGaleão, na zona norte do Rio. O avião que trouxe as vacinas de São Paulo, aonde chegaram da Índia em voo comercial, pousou no Rio às 22h. Os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy estavam presentes. De lá, as doses seguiram em caminhões para Bio-Manguinhos/Fiocruz, onde foi feito o trabalho de análise de segurança com medição de temperatura e de etiquetagem dos dois milhões de doses.
Em agosto do ano passado, a Fiocruz assinou um acordo com a Oxford e a AstraZeneca para transferência de tecnologia e produção da vacina no Brasil. A expectativa é que a produção comece em março. Ontem, após a chegada das doses no Aeroporto do Rio, o ministro da Saúde disse que a chegada do lote é o início do processo no país. “Esses dois milhões de doses são apenas o início. É o começo do processo. Estamos negociando receber mais doses no começo de fevereiro e o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] necessário para que a Fiocruz comece a produzir até 15 milhões de doses por mês. Nosso país precisa de produção nacional”, disse Pazuello.
Edição: Juliana Andrade
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