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O Georreferenciamento de Imóveis Rurais

Carlos Alexandre Colombi é proprietário da PUMA Engenharia em São Gabriel da Palha e Engenheiro Agrônomo, com Mestrado em Entomologia Agrícola e Especialização em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, em entrevista ao Jornal Hoje Notícias ele falou sobre a importância do Georreferenciamento, explicando os principais pontos, benefícios e dúvidas sobre o tema.
ES1 – Explique para quem não conhece, o que é o Georreferenciamento?
Alexandre – Georreferenciamento é situar o imóvel rural no globo terrestre. É determinar a localização de cada canto da propriedade no Planeta e com precisão de apenas alguns centímetros.
ES1 – Como é feito o trabalho de Georreferenciamento de imóvel rural?
Alexandre – O Georreferenciamento de imóvel rural consiste na obtenção das coordenadas geográficas dos vértices definidores do perímetro do terreno. O procedimento mais comum para o recolhimento das coordenadas é através da utilização de Receptores GNSS, também conhecidos como GPS Topográficos, Geodésicos ou de Precisão. Neste caso, o profissional deve percorrer todo o perímetro do imóvel para rastrear as coordenadas de cada vértice do perímetro da propriedade.
ES1 – Porque precisa ser feito?
Alexandre – É uma exigência prevista na Lei Federal n° 10.267/2001.
ES1 – O que é feito com o resultado obtido?
Alexandre – O resultado dos trabalhos de campo são enviados para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), através do Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF). Após a validação dos dados, as peças técnicas devem ser enviadas ao Cartório de Registro de Imóveis para averbação junto à matrícula do imóvel.
ES1 – Qual o benefício do Georreferenciamento?
Alexandre – O conhecimento da realidade física permite uma melhor gestão do território rural. A forma de utilização de uma parcela de solo fornece às autoridades responsáveis pelo cadastro e pelo registro de terras, as informações necessárias para o conhecimento preciso do território. Dados corretos geram segurança para o setor financeiro e bancário, para as seguradoras e, também para as pessoas que compram, vendem, dividem ou unificam imóveis.
ES1 – Alguma consideração que acha importante fazer quanto ao tema?
Alexandre – Apesar de não haver multas no caso de descumprimento dos prazos previstos no Decreto n.º 7620, de 22 de novembro de 2011, após tais datas não será possível realizar registros ou averbações na matrícula do imóvel não regularizado, caso o proprietário de um imóvel não georreferenciado deseje desmembrá-lo, após as datas limites, terá que obrigatoriamente passar por todo o procedimento de certificação do INCRA para então realizar o registro de tal ato na matrícula do imóvel.
Editora Hoje

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Mercado oscila com tensão global, mas safra brasileira segue promissora

O mercado global de café viveu semanas de forte volatilidade, influenciado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China e a preocupação com uma possível recessão global. Enquanto as tarifas americanas sobre produtos chineses causaram turbulências nos preços, a colheita do café conilon no Brasil também ajudou a ajustar as cotações, trazendo um cenário misto para os cafeicultores.
A disputa comercial entre EUA e China teve reflexos no setor de commodities, incluindo o café. A imposição de tarifas americanas sobre produtos chineses – que chegaram a 145% em alguns casos – causou preocupação no mercado global. Embora o Brasil tenha conseguido ampliar suas exportações de soja para a China nesse contexto, outros produtos agrícolas, como café e carne, também podem ser beneficiados por essa reconfiguração do comércio global.
No caso do café arábica, o preço na Bolsa de Nova York fechou a R$ 21,43 por libra-peso, uma variação de -0,8% em relação ao início do mês. Já o café robusta demonstrou mais resistência, registrando uma leve alta de 0,6% nos últimos 45 dias, embora o cenário geral ainda seja de grande instabilidade.
Brasil: colheita do conilon pressiona preços
Enquanto o mercado internacional segue sensível às tensões políticas e econômicas, no Brasil, a chegada da safra do café conilon ajudou a pressionar os preços para baixo. Nos últimos meses, a saca do conilon registrou queda de 14,7%, o que representa aproximadamente R$ 500 a menos para o produtor.
A colheita do conilon avança em ritmo acelerado e a expectativa de uma safra volumosa tem influenciado diretamente as cotações no mercado doméstico. No entanto, analistas indicam que a tendência de queda nos preços já está se estabilizando.
Já no caso do café arábica, os preços se mantêm mais firmes, impulsionados por uma produção ligeiramente menor do que a esperada inicialmente. A previsão da safra 2024/25, divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foi de 66,4 milhões de sacas, mas o volume exportado até agora indica que a safra pode ter sido superior.
De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações brasileiras de café em março totalizaram 3,3 milhões de sacas, uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2024. Essa foi a maior redução anual nas exportações em mais de dois anos.
Apesar dessa desaceleração, o Brasil continua sendo um dos maiores fornecedores globais, e as perspectivas para os próximos meses ainda são positivas. A demanda global pode crescer novamente caso o risco de recessão diminua e o consumo nos mercados desenvolvidos se mantenha estável.
O clima é um fator fundamental para a produção de café, e o Brasil vem enfrentando desafios climáticos que podem afetar a próxima safra. As chuvas registradas entre março e abril ajudaram a recuperar as lavouras de café arábica, mas a seca nas fases iniciais da granação pode ter causado danos irreversíveis em algumas regiões.
Para o café conilon, as perspectivas são mais otimistas, com uma produção maior que a do ano anterior. Os mapas meteorológicos indicam chuvas regulares entre maio e julho, o que pode ajudar a próxima florada e garantir uma colheita mais uniforme.
Os produtores devem seguir atentos às variações do mercado global e à evolução da demanda, que ainda pode sofrer impactos das políticas comerciais dos Estados Unidos e do desempenho econômico da China e da Europa. Além disso, o clima continuará sendo um fator decisivo para a definição dos preços no médio prazo.
Com a aproximação do inverno no Hemisfério Sul, a volatilidade dos preços tende a aumentar, especialmente se houver risco de geadas em regiões produtoras. Além disso, o mercado ainda aguarda novas definições sobre as tarifas americanas, que foram apenas postergadas, mas podem voltar a afetar o setor nos próximos meses.
A recomendação para os cafeicultores é planejar bem a comercialização da safra, buscando boas oportunidades de venda nos momentos de recuperação dos preços. O mercado segue imprevisível, mas a demanda mundial por café continua forte, garantindo boas perspectivas para quem souber aproveitar as oscilações do mercado.
Fonte: Pensar Agro
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