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Moradores estão pagando obras nas estradas com recursos próprios

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Se o Grupão do Povo protocolou denúncia nos ministérios públicos estadual e federal contra o prefeito Alencar Marim, alegando que ele está abandonando o patrimônio público, ao deixar que máquinas e outros veículos adquiridos recentemente pela prefeitura se degenerem sem providenciar o reparo, por outro lado, a comunidade vem se esforçando para manter estradas em condições de tráfego.

Na semana passada o Grupão do Povo protocolou a denúncia contra o prefeito, alegando que mais de 50 equipamentos – veículos leves, caminhões e ônibus – estariam se deteriorando nas garagens da prefeitura sem que a administração tome uma providência para consertá-los.

Na sessão ordinária da última segunda-feira, o vereador Emerson Lima apresentou um vídeo, onde moradores do interior mostram uma retroescavadeira fazendo o cascalhamento de uma serra. O veículo e o material para o cascalhamento, de acordo com o vereador, foi pago com recursos da própria comunidade, já que a prefeitura não tem atendido a maioria dos pedidos. 

Há informações de que até vereadores do mesmo partido do prefeito, como José Valdeci e Zilma Mattos, estariam tendo que fazer “vaquinha” com moradores do interior do município para promover melhoria nas estradas.

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“Tenho aqui uma denúncia de um morador do córrego Fervedouro que afirma que o José Valdeci (líder do prefeito) recebeu dinheiro de várias pessoas para fazer o cascalhamento de estradas no Fervedouro e até hoje o serviço não foi feito e ele não prestou contas do dinheiro”, acusou Admilson Brum, na semana passada (veja texto nesta página).

camera_enhance José Valdeci afirma que acusação do colega é infundada (Crédito: Divulgação)

 

Vereador denuncia colega por reter recursos de comunidade

 

O vereador Admilson Ribeiro Brum, do Grupão do Povo, protocolou esta semana um boletim de ocorrência contra o colega Jose Valdeci de Souza, líder do prefeito Alencar Marim, na Câmara Municipal. De acordo com Brum, a denúncia contra o colega é grave e foi feita por um proprietário rural do córrego Fervedouro, com apelido de Juquinha. 

“Não fui eu que procurei, foi o proprietário rural que me procurou, inclusive com um cd gravado, onde aponta que o José Valdeci recebeu dinheiro de várias pessoas para fazer obras de cascalhamento e melhoria nas estradas da comunidade e não fez, nem deu satisfação sobre os recursos”, acusa Brum.

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O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que deverá ouvir o proprietário rural autor das acusações na semana que vem.

De acordo com o vereador José Valdeci, a denúncia é coisa “de quem não tem o que fazer” e fica por aí buscando meios de prejudicar quem trabalha. “Eu não tenho nada a temer. O dinheiro que esse senhor está dizendo que está comigo, foi arrecadado pela comunidade 

Editora Hoje

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Infraestrutura portuária emperra exportações do café brasileiro

Mesmo fora do pico da safra, o Brasil deixou de embarcar mais de 737 mil sacas de café em abril deste ano por conta de entraves logísticos, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O prejuízo direto com armazenagem adicional chegou a R$ 6,6 milhões — mas o impacto é muito maior. A impossibilidade de escoamento representou perda de US$ 328,6 milhões (ou R$ 1,9 bilhão) em receita cambial que o país deixou de arrecadar no mês.

A situação escancara um problema crônico: a infraestrutura portuária nacional, especialmente nos principais corredores de exportação, não acompanha o ritmo da produção agrícola. Desde junho de 2024, os exportadores associados ao Cecafé já acumulam R$ 73,2 milhões em custos logísticos extras — reflexo de terminais saturados, gargalos operacionais e morosidade nos investimentos públicos.

Segundo a entidade, mesmo com menor volume de cargas nos terminais, típico da entressafra para produtos como o café, os problemas persistem. Isso aponta não para excesso de demanda, mas para deficiência estrutural. E quem sente o baque não são apenas os exportadores: o produtor rural também paga a conta.

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O Brasil é um dos países que mais repassa ao cafeicultor o valor obtido com as exportações. Em média, neste ano, 88,3% do preço FOB é transferido aos produtores de café arábica e 96,5% aos de canéfora. Quando o café não sai do porto, a renda também não chega ao campo.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, afirma que o problema é sistêmico e que os anúncios de investimentos — como o leilão do Tecon Santos 10, a concessão do canal marítimo, o túnel Santos-Guarujá e a nova descida da Anchieta — são bem-vindos, mas lentos. “Essas melhorias devem levar cerca de cinco anos para sair do papel. A ideia de restringir a participação no leilão do Tecon Santos 10, por exemplo, pode judicializar o processo e agravar os atrasos”, alerta.

O café é apenas um símbolo de um problema mais amplo. A cadeia agroexportadora, que inclui desde grãos e carnes até fibras e frutas, depende de um sistema logístico eficiente para se manter competitiva no mercado internacional. Enquanto as soluções não chegam, o agronegócio brasileiro, que responde por boa parte do superávit comercial do país, segue enfrentando uma realidade em que o campo colhe, mas o porto não entrega.

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Fonte: Pensar Agro

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