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Cientistas brasileiros desenvolvem molécula para combater leucemia

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Cientistas brasileiros acabam de desenvolver uma nova molécula que pode se tornar uma importante alternativa no tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA), uma forma grave de câncer no sangue que atinge principalmente crianças e jovens e, se não for atacada logo, pode ser fatal em poucos meses. Conhecida como asparaginase, a substância é usada como coadjuvante na terapia da LLA desde os anos 1970. Mas, enquanto a medicação atual é extraída de bactérias, a molécula criada pelos pesquisadores do Laboratório de Proteômica e Engenharia de Proteínas do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz Paraná, é similar à produzida pelas próprias células humanas, o que eles esperam que reduza em muito os riscos de efeitos colaterais.
Proteína que funciona como uma enzima, isto é, catalisadora de reações químicas essenciais para a vida, a asparaginase atua contra a leucemia ao degradar o aminoácido asparagina, reduzindo sua concentração no sangue. Acontece que, diferentemente das células saudáveis, as cancerosas não conseguem produzir esse aminoácido sozinhas e, privadas dele circulando no organismo, acabam morrendo.
As células humanas produzem a asparaginase, mas essa proteína, quando isolada, não tem atividade igual à que tem no interior das células para utilização como medicamento”, explica Tatiana Brasil, uma das pesquisadoras responsáveis pelo desenvolvimento da nova molécula, com os colegas Stephanie Bath de Morais e Nilson Zanchin. “A enzima obtida a partir de bactérias, embora efetiva no tratamento, provoca uma reação potente do sistema imunológico, causando diversos efeitos colaterais no paciente. Assim, buscamos uma forma de asparaginase que fosse mais parecida com a que o próprio corpo humano produz. A ideia é diminuir os efeitos adversos para que o paciente não tenha que interromper o tratamento, arriscando uma piora em seu quadro clínico.”

camera_enhance Técnica pode ser usada para substituir remédio importado feito com bactérias. (Crédito: divulgação)

Busca levou quatro anos

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Tatiana conta que a busca pela nova molécula começou há cerca de quatro anos, em que foram experimentadas diversas modificações na estrutura da asparaginase humana para que adquirisse potencial ação terapêutica contra a LLA. Identificadas as alterações necessárias na enzima, os cientistas partiram para o teste da nova molécula na bancada do laboratório, observando que ela fazia espontaneamente a chamada clivagem — uma espécie de “corte” ou “abertura” em sua estrutura — para reagir com a asparagina, além de adicioná-la em uma solução do aminoácido e verificar uma redução na sua concentração, indicando que ele estava sendo efetivamente degradado.
Com pedido de patente da nova molécula já feito junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), os pesquisadores da Fiocruz Paraná agora estudam métodos para produzi-la em maior escala para dar início aos ensaios pré-clínicos e experiências com animais para avaliar sua eficácia, tolerância e segurança antes dos testes desses mesmos parâmetros com seres humanos. Tudo isso, no entanto, ainda vai demandar tempo, já que, como lembra Tatiana, um novo medicamento leva cerca de dez anos para passar por todo esse processo e chegar ao mercado.
“Aqui na Fiocruz Paraná temos condições suficientes para realizar todos esses estudos pré-clínicos e com animais, mas para os ensaios humanos vamos precisar de parceiros com experiência e escala, que podem ser da própria Fiocruz nacional, como o laboratório de Biomanguinhos, ou da iniciativa privada”, diz Tatiana. “São muitas etapas que ainda não sabemos a resposta, mas, se tudo der certo, um novo medicamento com nossa molécula pode chegar ao mercado em cerca de dez anos.”
Além da esperada diminuição dos efeitos colaterais e melhor tolerância dos pacientes, a asparaginase humana modificada criada pelos cientistas da Fiocruz Paraná pode ajudar a evitar problemas no abastecimento do medicamento, como o enfrentado pelo Brasil nos últimos anos. Em 2013, a então única fornecedora da substância no mercado nacional, numa formulação chamada L-asparaginase, pediu o cancelamento de seu registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Com isso, os hospitais brasileiros ficaram impedidos de comprar diretamente o remédio para depois serem ressarcidos pelo Ministério da Saúde. Esse era o protocolo adotado pela pasta para atender os cerca de 4 mil pacientes que dependem desse medicamento nos serviços de oncologia do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, desde então, o ministério foi obrigado a fazer uma série de aquisições emergenciais da asparaginase no exterior.
Segundo a pasta, porém, a última dessas compras está prevista para acontecer na primeira metade deste ano e apenas como uma garantia para assegurar o abastecimento de hospitais que ainda enfrentem alguma dificuldade em sua obtenção. Em 2017 foi registrado na Anvisa um outro medicamento com formulação semelhante, chamada PEG-asparaginase, para venda no mercado nacional. O ministério decidiu devolver aos hospitais a responsabilidade de sua aquisição, pela qual também passarão a ser ressarcidos de acordo com a efetiva utilização, e não mais segundo uma tabela média, como era feito antes de 2013.
“Nossa eventual produção de asparaginase humana modificada não deverá competir diretamente com esses medicamentos de origem bacteriana, mas com a produção nacional dessa molécula inovadora. Teríamos uma alternativa com a possibilidade de melhorar o tratamento, baratear o custo e reduzir a dependência dessas importações”, conclui Tatiana.

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O Globo

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São Gabriel da Palha avança na modernização da saúde com inauguração da Sala de Telemedicina na Policlínica Luiz Bono

Foto: Editora Hoje

A Prefeitura de São Gabriel da Palha, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e em parceria com o Governo do Estado, inaugurou oficialmente a Sala de Telemedicina, instalada na Policlínica Luiz Bono. A cerimônia marcou um importante passo na modernização dos serviços de saúde no município, com a implementação de um espaço estruturado para atendimentos médicos remotos e especializados.

O novo serviço utiliza a tecnologia como aliada para ampliar o acesso à saúde e proporcionar mais agilidade e eficiência no atendimento à população. A sala de telemedicina está equipada com computador, câmera e conexão segura, permitindo que os pacientes realizem teleconsultas com especialistas sem precisarem sair do município.

Foto: Editora Hoje

Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito Tiago Rocha ressaltou a importância do investimento. “A gente inovou ao criar um espaço mais acolhedor. Somos pioneiros no serviço de telemedicina e também com o CONSUS, sendo um dos primeiros municípios do Estado do Espírito Santo a oferecer esse serviço online para a população. Agora, trazemos a telemedicina em parceria com o Governo do Estado e com o secretário Tyago Hoffmann, para facilitar o acesso da população aos serviços de saúde. Antes, muitas pessoas precisavam se deslocar até Vitória para conseguir uma consulta especializada. Hoje, elas poderão ter esse atendimento aqui mesmo, em casa, no município de São Gabriel da Palha”, afirmou.

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A Secretária Municipal de Saúde interina, Marcella Rossoni Rocha, ressaltou os benefícios diretos da iniciativa: “Estamos muito felizes por estarmos aqui hoje nesta inauguração. É uma parceria com o Governo do Estado, por meio da qual vamos levar mais dignidade e humanização às pessoas, com o atendimento sendo realizado dentro do próprio município. Isso vai evitar que muitos precisem se deslocar, o que acaba afastando as pessoas do seu cotidiano. Trazer esse benefício para o município, com mais 13 especialidades, é algo muito importante para nós. Hoje, por exemplo, já estão sendo realizados 40 atendimentos de dermatologia, o que enche o nosso coração de alegria. Estamos transformando a saúde e promovendo mais equidade para todos”.

Foto: Editora Hoje

A Superintendente Regional de Saúde, Kamila de Sales Roldi Corrêa esteve presente na solenidade e falou sobre o benefício da nova sala. “Hoje nós temos 40 pacientes aqui de São Gabriel sendo atendidos pela dermatologia. E imagina que se a gente tivesse que prover um acompanhante para cada paciente, nós teríamos que deslocar 80 pessoas de São Gabriel para outras localidades para realizar uma consulta especializada. Então, isso é segurança, isso é carinho, isso é cuidado com o bem-estar de vocês”.

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A Dra. Natalia Castro realizou uma chamada de vídeo e falou sobre a otimização dos atendimentos: “Foi justamente durante a pandemia que comecei a trabalhar com telemedicina, e eu acho incrível a oportunidade de atender o paciente com qualidade, mesmo à distância. A gente consegue oferecer um atendimento eficaz, e tem sido muito bom. Eu sei disso porque já estudei na HUCAM, por exemplo, que fica em Vitória, e lá existe uma demanda complicada em relação ao transporte. Para muitos pacientes, o deslocamento é difícil e eles acabam perdendo o dia inteiro só para se locomover. Com a telemedicina, conseguimos resolver a maioria dos problemas”.

Foto: Editora Hoje

O Sr. Antônio passou por consulta e compartilhou sobre a sua experiência: “Foi muito bom, foi uma coisa boa, eu gosto das coisas muito transparente. Vai ajudar bastante porque sai muito rápido”.

Foto: Editora Hoje

O evento de inauguração reuniu autoridades, profissionais da saúde e membros da comunidade, que puderam conhecer de perto o novo espaço e entender como funcionará o atendimento remoto.

Foto: Editora Hoje

Fonte: Editora Hoje

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