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Chocolate cai 8% e venda de Páscoa deve ser melhor em 5 anos

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A inflação baixa, especialmente por causa da queda de preço do chocolate, deve impulsionar as vendas dos itens de Páscoa neste ano.
Nas contas da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a data deve movimentar R$ 2,2 bilhões em 2018 e registrar um crescimento de 3,5%. Se a previsão se confirmar, será a maior variação de vendas desde 2013. Na Páscoa do ano passado, houve um pequeno crescimento, de 1,1%, depois de dois anos seguidos no vermelho por causa da recessão.
“O que está por trás dessa recuperação é a inflação baixa”, diz o economista chefe da CNC, Fabio Bentes. Osseus cálculos se basearamno desempenho do comércio na data, nas projeçõesde crescimento de vendas do varejo para este ano e no comportamento dos preços de uma cesta de Páscoa.
A cesta, baseada em dados apurados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 do IBGE, a prévia da inflação oficial, inclui 12 itens, entre produtos e serviços consumidos na Páscoa. O grande destaque deste ano é a queda de 8% no preço do chocolate, acumulada em 12 meses até fevereiro no IPCA-15. “É a menor variação da cotação chocolate desde 2006”, ressalta Bentes.
Ele explica que o dólar estável contribuiu para a deflação do chocolate nos últimos 12 meses. O câmbio pesa no preço do chocolate porque a principal matéria prima do produto, o cacau, é cotada em dólar. Bentes lembra também que, por causa do aumento da tributação sobre o chocolate, os preços do produto subiram. Em 2016, o chocolate ficou 13,3% mais caro e em 2017 a alta foi de 14,6%. Neste ano, esse efeito desapareceu.
Em 12 meses até fevereiro deste ano, a inflação da cesta de produtos e serviços da Páscoa, calculada pela CNC, foi de 5,1%. Bentes explica que, embora inflação de Páscoa de 2018 não seja tão baixa como a de 2017, que foi de 4,5%, o carro chefe de vendas da data, que é o chocolate, está em deflação. E esse é o diferencial deste ano, que deve impulsionar as vendas.

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Emprego

Outro ponto de destaque do estudo da CNC deste ano é o aproveitamento dos trabalhadores temporários. Nas contas da do economista,foram contratados 10,6 mil temporários para data este ano, praticamente o mesmo número da Páscoa do ano passado (10,5 mil).
Com a perspectiva de crescimento de vendas do varejo para este ano de 5,2%, segundo a CNC, ante 4% em 2017, Bentes projeta que a absorção de trabalhadores temporários será maior em 2018 e deve atingir 7,7%. “A taxa de absorção dos temporários em 2018 é maior em três anos.” Ele lembra que, em termos de aproveitamento da mão de obra, 2016 foi o pior ano desde 2010, quando 6,7% dos temporários se tornaram efetivos.
Além da melhora do cenário econômico, o economista da CNC acredita que a reforma trabalhista deve dar um “empurrãozinho” na absorção de temporários este ano. Isso porque ela reduziu o custo da formalização do emprego.

Exame

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Brasil caminha para safra recorde em 2024/25 e desafia mercado global

A safra brasileira de soja 2024/25 promete ser a maior da história, com uma projeção de 174,88 milhões de toneladas, superando a expectativa inicial e consolidando o país como líder global na produção do grão. O avanço, de 14,8% em relação à safra anterior, ocorre mesmo diante de desafios climáticos em estados como Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, enquanto Mato Grosso, Goiás e o Nordeste sustentam os números positivos.

A ampliação da área plantada, que chegará a 47,47 milhões de hectares (+2,2%), e o aumento da produtividade média para 3.702 kg/ha reforçam o otimismo do setor. A revisão dos números reflete não apenas o desempenho no campo, mas também a crescente demanda internacional, especialmente da China e da União Europeia, que seguem como principais compradores.
Desafios logísticos e impactos no mercado

Com a safra recorde, o escoamento da produção se torna um ponto crítico. A dependência de rodovias, a falta de investimentos em ferrovias e portos e os gargalos logísticos na região Norte do país podem elevar custos e impactar a competitividade brasileira. Além disso, o aumento da oferta pode pressionar os preços, exigindo maior estratégia de comercialização por parte dos produtores.

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No mercado internacional, a expansão da safra brasileira ocorre em um momento de incerteza, com os Estados Unidos enfrentando desafios climáticos e a Argentina buscando recuperação após quebras recentes. Esse cenário pode consolidar o Brasil como fornecedor estratégico, mas também aumentar a volatilidade nos preços da soja.
Reflexos no agronegócio e projeções futuras

A expectativa para a colheita reforça o peso da soja no PIB do agronegócio, movimentando toda a cadeia produtiva, desde insumos até transporte e exportação. No entanto, produtores devem se atentar a custos de produção, taxas de frete e estratégias de venda para garantir maior rentabilidade diante do cenário de preços em queda.

O Brasil segue com vantagem competitiva no mercado global, mas o setor precisará lidar com desafios logísticos e climáticos para sustentar os bons números. A safra recorde reforça a importância da soja para a economia nacional e coloca o país como peça-chave no abastecimento mundial de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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